vídeo: odeio rodeio
Odeio rodeio e sinto um certo nojo
Quando um sertanejo começa a tocar
Eu sei que é preconceito, mas ninguém é perfeito
Me deixem desabafar
A calça apertada, a loura suada, aquele poeirão
A dupla cantando e um louco gritando "segura peão"
Me tira a calma, me fere a alma, me corta o coração
Se é luxo ou é lixo, quem sabe é bicho que sofre o esporão
É bom pro mercado de disco e de gato, laranja e trator
Mas quem corta a cana não pega na grana, não vê nem a cor
Respeito Barretos, Franca, Rio Preto e todo o interior
Mas não sou texano, a ninguém engano, não me engane, amor
27/10/2011
25/10/2011
Kadafi executado. Otan e mídia vibram
Por Mário Augusto Jakobskind, no sítioDireto da Redação:
Muammar Kadhafi morreu em combate. Foi coerente, porque desde o início da guerra civil incentivada pelo Ocidente dizia que resistiria até a morte. A mídia de mercado, juntamente com dirigentes de países integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ficaram exultantes. Criticam Kadhafi por ter resistido.
A mídia tupiniquim para variar fez das suas. Para ficar em alguns veículos, os âncoras da CBN, uma das primeiras emissoras a informar a morte/assassinato, vibraram com o acontecimento e não escondiam nos comentários. O Globo também não escondeu sua euforia nos editoriais e no próprio noticiário. Os demais veículos impressos e eletrônicos repetiram a dose.
Até a presidenta Dilma Rousseff, mesmo afirmando que não se deve comemorar a morte de Muammar Kadhafi, escorregou ao afirmar que a Líbia está em fase de transição para a democracia. Não está, até porque vem logo a pergunta: que democracia é esta que surge através de pesados bombardeios diários durante cerca de sete meses? Isso nada mais é do que democracia armada da OTAN.
Os opositores do antigo regime líbio queriam preparar um show midiático exibindo um troféu ao estilo Saddam Hussein, mas não conseguiram. O que está fazendo agora o Conselho Nacional de Transição é tentar de todas as formas convencer a opinião pública mundial que Kadhafi estava escondido numa tubulação de esgoto e pedia para não o matarem.
Aí surge a primeira contradição entre os que derrotaram Kadhafi. Dirigentes europeus, como o Ministro do Exterior francês Allan Juppée, revelaram logo de saída que a OTAN tinha atingido um comboio onde estava Kadhafi fugindo de Sirte, a sua cidade natal. Confirmaram então o bombardeio, que o Conselho Nacional de Transição tentou esconder.
Falta ainda esclarecer o que fizeram os “democratas” da nova Líbia com o corpo do dirigente deposto. As imagens apresentadas nada esclarecem e foram feitas mais com o objetivo de evitar que a verdade aparecesse, ou seja, de que o fim de Kadhafi foi lutando, diferente do acontecido no Iraque com Saddam Hussein. A ONU pediu uma investigação sobre as circunstâncias em que ocorreu o confronto que o levou a morte.
A TV Al Jazzeera e a CNN entraram no jogo dando crédito às versões que tentavam a todo custo ridicularizar Kadhafi e evitar a versão verdadeira. Os opositores de Kadhafi, que seriam pé de chinelo se não fosse a OTAN, pegaram o corpo do dirigente deposto e o levaram para um frigorífico em Misrata,onde ele estava sendo objeto de curiosidade de líbios que o fotografavam.
Vamos aguardar para ver como Kadhafi será enterrado, pois seu túmulo sendo localizado poderá se tornar um local de peregrinação de cidadãos líbios inconformados com o processo de recolonização que está sofrendo o país norte africano, mas que a mídia de mercado tenta a todo custo esconder.
Valem algumas perguntas que o tempo responderá com maior precisão. Empresas de que países ocidentais vão lucrar com a reconstrução da Líbia, cuja infraestrutura foi severamente afetada com os bombardeios da OTAN? Até o Brasil já se ofereceu para esta empreitada, mas antes os países que destruíram terão prioridade.
O petróleo deverá ficar sob controle não mais do Estado líbio, mas totalmente em poder das transnacionais do setor, que conseguirão muito mais concessões do que já tinham conseguido na Era Kadhafi?
O Pentágono não vai querer abrir mão do Africom (Comando Militar dos EUA para a África), incrivelmente com sede em Stutgart, na Alemanha, para se instalar na Líbia, área estratégica para o controle do continente africano? Por sinal, o economista egípcio Samir Amin considerou esse detalhe como o motivador do surgimento dos rebeldes em Benghazi e o apoio dos EUA a esses grupos.
Dirigentes da OTAN anunciaram o fim das operações militares no próximo dia 30 de outubro, mas isso não significará que a Líbia estará livre da influência dos países que a bombardearam. Claro que não.
Maiores detalhes sobre esses e outros fatos relacionados com os acontecimentos mencionados podem ser encontrados no livro Líbia, Barrados na Fronteira – o que não saiu na mídia sobre a invasão na Líbia, que será lançado no próximo dia 11 de novembro, na sede da ABI, rua Araújo Porto Alegre 71, as 18,30, com um debate.
Quando, com o passar do tempo, se analisar os acontecimentos na Líbia, um dos destaques caberá à cobertura midiática. Para analistas independentes que acompanharam a guerra civil, a mídia deixou até de ser mídia para se tornar protagonista da guerra, a própria guerra, manipulando imagens e fazendo o jogo de um dos lados, exatamente o dos opositores de Kadhafi. Assim foi, por exemplo, a cobertura da Al Jazzeera, o canal estatal do Catar, que colocou imagens de grupos rebeldes de forma a parecer que eles tivessem grande apoio popular, o que nunca aconteceu ao longo de todos os meses.
Com a morte/assassinato de Kadhafi estão surgindo analistas de áreas acadêmicas dos mais diversos quadrantes prevendo o futuro da Líbia. Na mídia de mercado de um modo geral falam que agora a Líbia conhecerá a democracia e coisas do gênero. Vamos ver.
Mas, em suma, guardem o que está sendo dito pelos analistas de sempre e aguardem as próximas semanas e meses para constatar quem erra ou acerta mais. Eis um exercício recomendável para as escolas universitárias de comunicação, claro, se houver interesse de que na formação dos futuros jornalistas o espírito crítico fique aguçado, como requer o jornalismo propriamente dito.
Muammar Kadhafi morreu em combate. Foi coerente, porque desde o início da guerra civil incentivada pelo Ocidente dizia que resistiria até a morte. A mídia de mercado, juntamente com dirigentes de países integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ficaram exultantes. Criticam Kadhafi por ter resistido.
A mídia tupiniquim para variar fez das suas. Para ficar em alguns veículos, os âncoras da CBN, uma das primeiras emissoras a informar a morte/assassinato, vibraram com o acontecimento e não escondiam nos comentários. O Globo também não escondeu sua euforia nos editoriais e no próprio noticiário. Os demais veículos impressos e eletrônicos repetiram a dose.
Até a presidenta Dilma Rousseff, mesmo afirmando que não se deve comemorar a morte de Muammar Kadhafi, escorregou ao afirmar que a Líbia está em fase de transição para a democracia. Não está, até porque vem logo a pergunta: que democracia é esta que surge através de pesados bombardeios diários durante cerca de sete meses? Isso nada mais é do que democracia armada da OTAN.
Os opositores do antigo regime líbio queriam preparar um show midiático exibindo um troféu ao estilo Saddam Hussein, mas não conseguiram. O que está fazendo agora o Conselho Nacional de Transição é tentar de todas as formas convencer a opinião pública mundial que Kadhafi estava escondido numa tubulação de esgoto e pedia para não o matarem.
Aí surge a primeira contradição entre os que derrotaram Kadhafi. Dirigentes europeus, como o Ministro do Exterior francês Allan Juppée, revelaram logo de saída que a OTAN tinha atingido um comboio onde estava Kadhafi fugindo de Sirte, a sua cidade natal. Confirmaram então o bombardeio, que o Conselho Nacional de Transição tentou esconder.
Falta ainda esclarecer o que fizeram os “democratas” da nova Líbia com o corpo do dirigente deposto. As imagens apresentadas nada esclarecem e foram feitas mais com o objetivo de evitar que a verdade aparecesse, ou seja, de que o fim de Kadhafi foi lutando, diferente do acontecido no Iraque com Saddam Hussein. A ONU pediu uma investigação sobre as circunstâncias em que ocorreu o confronto que o levou a morte.
A TV Al Jazzeera e a CNN entraram no jogo dando crédito às versões que tentavam a todo custo ridicularizar Kadhafi e evitar a versão verdadeira. Os opositores de Kadhafi, que seriam pé de chinelo se não fosse a OTAN, pegaram o corpo do dirigente deposto e o levaram para um frigorífico em Misrata,onde ele estava sendo objeto de curiosidade de líbios que o fotografavam.
Vamos aguardar para ver como Kadhafi será enterrado, pois seu túmulo sendo localizado poderá se tornar um local de peregrinação de cidadãos líbios inconformados com o processo de recolonização que está sofrendo o país norte africano, mas que a mídia de mercado tenta a todo custo esconder.
Valem algumas perguntas que o tempo responderá com maior precisão. Empresas de que países ocidentais vão lucrar com a reconstrução da Líbia, cuja infraestrutura foi severamente afetada com os bombardeios da OTAN? Até o Brasil já se ofereceu para esta empreitada, mas antes os países que destruíram terão prioridade.
O petróleo deverá ficar sob controle não mais do Estado líbio, mas totalmente em poder das transnacionais do setor, que conseguirão muito mais concessões do que já tinham conseguido na Era Kadhafi?
O Pentágono não vai querer abrir mão do Africom (Comando Militar dos EUA para a África), incrivelmente com sede em Stutgart, na Alemanha, para se instalar na Líbia, área estratégica para o controle do continente africano? Por sinal, o economista egípcio Samir Amin considerou esse detalhe como o motivador do surgimento dos rebeldes em Benghazi e o apoio dos EUA a esses grupos.
Dirigentes da OTAN anunciaram o fim das operações militares no próximo dia 30 de outubro, mas isso não significará que a Líbia estará livre da influência dos países que a bombardearam. Claro que não.
Maiores detalhes sobre esses e outros fatos relacionados com os acontecimentos mencionados podem ser encontrados no livro Líbia, Barrados na Fronteira – o que não saiu na mídia sobre a invasão na Líbia, que será lançado no próximo dia 11 de novembro, na sede da ABI, rua Araújo Porto Alegre 71, as 18,30, com um debate.
Quando, com o passar do tempo, se analisar os acontecimentos na Líbia, um dos destaques caberá à cobertura midiática. Para analistas independentes que acompanharam a guerra civil, a mídia deixou até de ser mídia para se tornar protagonista da guerra, a própria guerra, manipulando imagens e fazendo o jogo de um dos lados, exatamente o dos opositores de Kadhafi. Assim foi, por exemplo, a cobertura da Al Jazzeera, o canal estatal do Catar, que colocou imagens de grupos rebeldes de forma a parecer que eles tivessem grande apoio popular, o que nunca aconteceu ao longo de todos os meses.
Com a morte/assassinato de Kadhafi estão surgindo analistas de áreas acadêmicas dos mais diversos quadrantes prevendo o futuro da Líbia. Na mídia de mercado de um modo geral falam que agora a Líbia conhecerá a democracia e coisas do gênero. Vamos ver.
Mas, em suma, guardem o que está sendo dito pelos analistas de sempre e aguardem as próximas semanas e meses para constatar quem erra ou acerta mais. Eis um exercício recomendável para as escolas universitárias de comunicação, claro, se houver interesse de que na formação dos futuros jornalistas o espírito crítico fique aguçado, como requer o jornalismo propriamente dito.
Borboleta - Adriana Calcanhotto
No lago zulu
O casulo de seda
Da larga lagarta
Do corpo de estrela
O casulo de seda
Da larga lagarta
Do corpo de estrela
Virada no vento
Não vai mais rasteira
Terá vida nova
Não vai mais rasteira
Terá vida nova
Farfalla ligeira
Farfalla ligeira borboleta
Farfalla ligeira
Farfalla ligeira borboleta
Farfalla ligeira
Levada na cor
Recorta do ar
O cheiro da flor
Ruído do mar
Mas foge de mim
Na borda da mesa
Ou pousa no prato
De louça chinesa
Recorta do ar
O cheiro da flor
Ruído do mar
Mas foge de mim
Na borda da mesa
Ou pousa no prato
De louça chinesa
Farfalla ligeira
Farfalla ligeira borboleta
Farfalla ligeira
Farfalla ligeira borboleta
Farfalla ligeira
14/10/2011
Suspiros
Danae - Gustav Klimt
Sentida lamentava
Lentamente suspirava
Sofria com lembranças...
A libido soçobrara.
Sutilmente
So’luçava
Lentamente suspirava
Sofria com lembranças...
A libido soçobrara.
Sutilmente
So’luçava
06/10/2011
Aprovação do Estatuto da Juventude: direitos ampliados
5 DE OUTUBRO DE 2011 - 16H24
O Plenário aprovou, em votação simbólica, no início da tarde desta quarta-feira (5), o Estatuto da Juventude, que estabelece políticas públicas para esse segmento social, considerado pelo texto como a faixa de 15 a 29 anos. A relatora do projeto, deputada Manuela d’Ávila (PCdoB-RS) ressaltou que o principal ponto do estatuto é a criação do Sistema Nacional da Juventude, que trata da gestão de recursos para políticas específicas.
“Para além da sistematização de direitos e deveres, o estatuto torna as políticas da juventude uma questão de Estado, com um sistema próprio e com recursos próprios”, destacou, lembrando que a matéria estava em tramitando na Câmara há sete anos.
O deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) destacou, ao final da votação, que o Estatuto da Juventude será um importante instrumento de proteção e ampliação dos direitos dos jovens. “É arregaçar as mangas para fazer valer o Estatuto, que, além de avançar em temas como o respeito à liberdade de orientação sexual e a luta contra a publicidade ostensiva de bebida alcoólica, já traz como uma de suas primeiras consequências positivas o fato de chamar a atenção da sociedade para os jovens”, afirmou.
Lopes ressalta que, com a aprovação do Estatuto, será criado o Sistema Nacional da Juventude, com recursos e políticas públicas específicas para o setor. “A aprovação do Estatuto da Juventude é um momento histórico, justamente por definir as políticas para a juventude como uma questão de Estado, responsabilidade da sociedade como um todo, mas agora com participação mais direta do Poder Público”, indica.
“A UNE e a UJS estão de parabéns, assim como todos os jovens brasileiros que lutaram por essa importante bandeira”, afirma Lopes, citando a União Nacional dos Estudantes e a União da Juventude Socialista.
Pequenas modificações
A votação do Estatuto de Juventude havia sido suspensa, na noite desta terça-feira (4), após pedido da relatora da proposta, para que ela tivesse tempo de fazer ajustes ao texto para atender acordos firmados entre os deputados.
"Fizemos uma série de pequenas modificações no texto nesta manhã para atender aos pedidos de vários setores da sociedade, entre os quais a bancada evangélica e as organizações LGBT", afirmou a relatora. Segundo ela, o novo texto é consensual em torno de pontos polêmicos.
Segundo a relatora, o texto atende os interesses de ambas as partes. “Viramos uma página, a pagina da intolerância", afirmou.
Os evangélicos queria retirar da proposta as questões ligadas ao direito à igualdade na orientação sexual, à inclusão de temas relacionados à sexualidade nos conteúdos escolares e a previsão de respeito e reconhecimento à orientação sexual de cada um.
Foi mantido, no texto aprovado, o direito à igualdade. “O direito à igualdade assegura que o jovem não será discriminado (...) por sua orientação sexual”. Também foi mantida “a inclusão de temas relacionados a sexualidade nos conteúdos curriculares”. Nesse ponto, foi incluído no texto a complementação: “respeitando as diversidade de valores e crenças”.
De Brasília
Márcia Xavier
Segundo a relatora, o texto atende os interesses de ambas as partes.
O deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) destacou, ao final da votação, que o Estatuto da Juventude será um importante instrumento de proteção e ampliação dos direitos dos jovens. “É arregaçar as mangas para fazer valer o Estatuto, que, além de avançar em temas como o respeito à liberdade de orientação sexual e a luta contra a publicidade ostensiva de bebida alcoólica, já traz como uma de suas primeiras consequências positivas o fato de chamar a atenção da sociedade para os jovens”, afirmou.
Lopes ressalta que, com a aprovação do Estatuto, será criado o Sistema Nacional da Juventude, com recursos e políticas públicas específicas para o setor. “A aprovação do Estatuto da Juventude é um momento histórico, justamente por definir as políticas para a juventude como uma questão de Estado, responsabilidade da sociedade como um todo, mas agora com participação mais direta do Poder Público”, indica.
“A UNE e a UJS estão de parabéns, assim como todos os jovens brasileiros que lutaram por essa importante bandeira”, afirma Lopes, citando a União Nacional dos Estudantes e a União da Juventude Socialista.
Pequenas modificações
A votação do Estatuto de Juventude havia sido suspensa, na noite desta terça-feira (4), após pedido da relatora da proposta, para que ela tivesse tempo de fazer ajustes ao texto para atender acordos firmados entre os deputados.
"Fizemos uma série de pequenas modificações no texto nesta manhã para atender aos pedidos de vários setores da sociedade, entre os quais a bancada evangélica e as organizações LGBT", afirmou a relatora. Segundo ela, o novo texto é consensual em torno de pontos polêmicos.
Segundo a relatora, o texto atende os interesses de ambas as partes. “Viramos uma página, a pagina da intolerância", afirmou.
Os evangélicos queria retirar da proposta as questões ligadas ao direito à igualdade na orientação sexual, à inclusão de temas relacionados à sexualidade nos conteúdos escolares e a previsão de respeito e reconhecimento à orientação sexual de cada um.
Foi mantido, no texto aprovado, o direito à igualdade. “O direito à igualdade assegura que o jovem não será discriminado (...) por sua orientação sexual”. Também foi mantida “a inclusão de temas relacionados a sexualidade nos conteúdos curriculares”. Nesse ponto, foi incluído no texto a complementação: “respeitando as diversidade de valores e crenças”.
De Brasília
Márcia Xavier
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