Olá!
Desculpem o tempo sem postar, mas o acesso à net está restrito e o trabalho está muito.
Durante uma aula de prática de ensino minha professora apareceu com um texto muito interessante chamado “Estágio: diferentes concepções.”
Infelizmente ela não deu o(a) autor(a) e nome do livro...
O texto aborda uma frase muito citada pelos graduandos que fazem estágio:
“Até um ano atrás eu tinha certeza que estava tendo uma boa formação. Agora estou chocada com a realidade daquelas crianças, e nem sei por onde começar. Na prática a teoria é outra.”
As teorias de formação do profissional de educação na grande maioria das vezes demonstram exemplos ou modelos de experiências que deram certo ou não.
Precisamos desses livros e artigos? Claro!
Mas elas se diferenciam da prática, pois não apresentam fatores da realidade material das escolas, fatores esses que muitas vezes influenciam o emocional do estagiário.
Dialeticamente essa realidade material atua sobremaneira nas realidades subjetivas.
Exemplos?
Vamos a eles:
Em comunidades carentes além da relação professor-aluno existe a necessidade da compreensão da realidade seja ela histórica e social, seja ela natural (material).
Na prática e realidade é objetiva:
Crianças de chinelo, lama nas ruas, cheiro de suor.
A energia infinita das crianças, a alegria, a agitação; correr, pular, gritar etc.
Nos adolescentes a sexualidade que aflora com a ebulição dos hormônios da puberdade.
Nos jovens a preguiça...
Nas escolas particulares crianças que sempre tiveram todos os brinquedos e pouca atenção e carinho...
Alunos são seres críticos. Te olham, fazem o primeiro julgamento antes mesmo de te conhecer. E isso é absolutamente normal! Como você era quando aluno?
Outros fatores como a reação ao novo (o frio na barriga), a empatia ou antipatia dos futuros colegas de profissão que se utilizam de métodos que você vai julgar errados, o receio de uma direção que já está estabelecida com a obediência de suas normas...
O conteúdo teórico da disciplina o educador tem domínio. O que precisa ser preparado é o emocional.
Cabe ao estagiário saber trabalhar com todas essas realidades e subjetividades e com sua postura como futuro profissional. Além de, é claro, repassar o conhecimento.